quarta-feira, 15 de abril de 2009

JOVEM DESPERTE ATRAVÉS DA PALAVRA E DA ORAÇÃO,ENTRE NO CAMINHO QUE DEUS PREPAROU PRA VOCÊ E VIVA...

O REI AMOM


Sucesso, pecado e morte de um jovem monarca

"Amom tinha vinte e dois anos quando começou a reinar, e reinou dois
anos em Jerusalém. O nome de sua mãe era Mesulemete, filha de Haniz,
de Jotba. Ele fez o que era mau aos olhos do Senhor, como fizera
Manassés, seu pai; e andou em todo o caminho em que seu pai andara, e
serviu os ídolos que ele tinha servido, e os adorou. Assim deixou o
Senhor, Deus de seus antepassados, e não andou no caminho do Senhor.
E os servos de Amom conspiraram contra ele, e o mataram em sua casa"
(IRs.21.19-23)

.

Desejos

Os jovens querem fazer, adquirir, sentir, realizar e, quanto mais
rápido o fizerem, pensam que será melhor. O desejos estão à flor da
pele. Além daqueles relacionados ao físico e às emoções, a juventude
é também um tempo de sonhos e projetos culturais, profissionais e
familiares. Parece que todo o tempo é pouco e todas as energias se
mostram insuficientes para se fazer tudo o que se pretende e se quer.
Existem desejos legítimos e bons. Há também os incorretos e maus. Até
mesmo aqueles que julgamos naturais podem se tornar malignos, se
forem realizados antes do tempo.
Muitas coisas, porém, podem ser feitas e conquistadas. Deus nos deu
esta capacidade e oportunidade.

"Alegra-te, mancebo, na tua mocidade, e anime-se o teu coração nos
dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração, e pela
vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas Deus te
trará a juízo" (Ec.11.9).

Realizações

Amom era bem moço quando assumiu o trono de Judá. Com apenas 22 anos,
ocupou o lugar de seu pai Manassés. À primeira vista, Amom podia
parecer um exemplo de sucesso e prosperidade. Ele alcançou poder e
riqueza. Grande conforto e fartura estavam à sua disposição. E se
alguma coisa lhe faltasse, seria adquirida com a maior urgência.
Todos os prazeres e aquisições estavam ao seu alcance. O que tantos
almejam hoje Amom possuía: dinheiro, posição, título e reconhecimento
internacional.
Muitos eram os fatores que justificavam a sua grandeza. Amom era
descendente do rei Davi. Reinava sobre Judá, que era parte da nação
de Israel, povo de Deus. Seu trono estava em Jerusalém, a cidade
santa, e, sob sua jurisdição, estava o Templo de Salomão. Além de
tudo, uma honra futura lhe estava reservada sem que ele soubesse: seu
nome apareceria na mais importante genealogia bíblica, pois de sua
linhagem nasceria o Messias, Jesus Cristo (Mat.1.10).

O grande erro

Apesar de todo o seu sucesso exterior, Amom falhou no principal. O
texto diz que "ele fez o que era mau aos olhos do Senhor". Aos olhos
humanos, o rei podia ser o máximo, mas diante da avaliação celestial,
seu saldo era extremamente negativo.
Podemos correr atrás dos nossos sonhos e realizar muitos deles. Se,
porém, falharmos na nossa relação com Deus, nada terá valor.
Nossos desejos e projetos podem ser legítimos e muito importantes,
mas não podemos errar ao estabelecer a ordem de prioridades da nossa
vida. O sucesso material é importante, mas não é tudo porque, além
de ter um corpo, o homem tem alma e espírito. Se estamos tão
ocupados com as coisas terrenas que não temos tempo para Deus, nossa
vida está muito errada.

Os caminhos da vida

O texto bíblico nos informa que Amom "andou em todo o caminho em que
seu pai andara". Caminho é modo de vida, é procedimento. Nossos
caminhos são resultados das escolhas que fazemos. Amom era uma
pessoa importante e bem posicionada diante da sociedade, mas os seus
caminhos eram maus.
Se alcançarmos todas as coisas deste mundo, tudo que o nosso coração
desejar, mas tivermos um mau procedimento aos olhos de Deus, nada
terá valor. Vale citar o exemplo de alguns políticos, chamados
cristãos, que galgam posições elevadas na vida pública e depois se
mostram corruptos e desonestos. Sua glória converteu-se em infâmia e
vergonha.
O rei Amom preferiu abandonar ao Senhor e seguir aos ídolos. Ele
achou que, sendo rei, poderia fazer o que quisesse. Muitos têm essa
atitude hoje e dizem: "Eu faço o que quero, e ninguém tem nada com
isso." Amom se esqueceu de que existe um Rei nos céus e que todos nós
somos seus servos.

As causas do problema

A passagem do livro dos Reis cita os nomes da mãe e do pai de Amom.
Fica evidente a responsabilidade dos pais na condução inicial da vida
dos filhos. O rei Salomão escreveu: "Instrui o menino no caminho em
que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele"
(Pv.22.6).
Manassés não ensinou as boas veredas a Amom. O filho andou no caminho
do pai. Seguiu o exemplo maligno que tinha dentro de casa. O
resultado foi sua ruína. Embora o pai Manassés tivesse se
arrependido no final da vida (IICr.33.13)
, o filho não o acompanhou
nessa experiência. Era tarde demais para consertar uma vida de maus
ensinos e maus exemplos.
Hoje, muitos jovens estão aprendendo os maus caminhos através das más
influências. Quando não são os pais, são os amigos que surgem para
ensinar a iniqüidade.

Manassés deixou uma herança material magnífica para Amom, tudo o que
ele podia precisar para viver uma vida longa de abastança e
satisfação. Contudo, deixou também uma herança maldita: a idolatria.
É normal que os pais se preocupem com o futuro dos filhos e tomem
todas as providências possíveis para que eles tenham educação,
formação profissional e capacidade de se manterem. Muitos se
responsabilizam até pelas despesas dos filhos adultos, seja com a
moradia, a faculdade, etc. Mas, qual é o legado espiritual que
deixamos para os nossos descendentes? É claro que o filho de um
ímpio pode se converter e se transformar num homem íntegro diante de
Deus, mas, se os pais puderem ensinar o caminho da justiça, falando e
vivendo a palavra de Deus, instruindo os filhos para que sirvam e
adorem ao único Deus verdadeiro, será mais provável que suas
histórias sejam marcadas pelas bem-aventuranç
as, de modo que escapem
de muitos sofrimentos, prejuízos e tragédias que o pecado causa.
Os pais não podem ser omissos. Diante de Deus são responsáveis pela
orientação dos filhos. Não existe neutralidade nessa questão.

Uma vida de pecado

Amom "andou em todo o caminho em que seu pai andara, e serviu os
ídolos que ele tinha servido, e os adorou". O pecado da idolatria
tornou-se uma constante na vida daquele rei. Paralelo a todo o seu
sucesso material, político e financeiro, estava a prática da adoração
aos ídolos. Deus abomina a idolatria, que consiste em elevar alguém
ou alguma coisa à condição de divindade, usurpando uma honra que só
ao Senhor pertence.

As conseqüências

Amom chegou ao ápice de suas aspirações quando ascendeu ao trono de
Judá. Todavia, seu reinado durou apenas dois anos. Ele não estava
servindo a Deus, mas aos ídolos. Quem serve aos ídolos, serve aos
demônios (ICor.10.20)
. Quem serve ao Diabo e aos seus anjos pode ser
ceifado antes do tempo.
"E os servos de Amom conspiraram contra ele, e o mataram em sua
casa". Por mais que o rei se protegesse e se cercasse de segurança,
a morte prematura o alcançou dentro de sua própria casa.
Ninguém deve pensar que escapará aos efeitos do pecado. Ainda que a
morte física pareça tardar, a morte espiritual é uma realidade
presente.
Não existe posição, título, riqueza ou autoridade que coloque alguém
acima dos preceitos divinos ou garanta imunidade diante das
consequências do pecado.
Embora vivamos num contexto muito diferente do rei Amom, a natureza
humana continua a mesma. Muitos jovens estão vivendo longe dos
caminhos do Senhor e inúmeros são aqueles que têm suas vidas
encerradas prematuramente. As ofertas do mundo são muitas. Vícios,
violência e prazeres ilícitos têm destruído muitas vidas.
Satanás pode oferecer muitas coisas ao homem neste mundo, mas pode
também recolher a sua alma, caso Deus o permita.
O texto sobre Amom apresenta um balanço da sua existência. Um dia, a
vida de cada ser humano será avaliada pelo Senhor, mas será muito
tarde para consertar o que houve de errado.
Muitas pessoas pensam em "aproveitar" a vida e buscar ao Senhor
apenas na velhice. Amom morreu aos vinte e quatro anos. Não teve a
oportunidade de envelhecer.
O dia de hoje é oportuno, portanto, para que tomemos uma decisão
inteligente: de servir a Deus e adorar somente a ele.

"Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham
os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles
contentamento" (Ec.12.1).


Anísio Renato de Andrade
Bacharel em Teologia
www.geocities.com/anisiorenato




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